22 de abril de 2010

H A R V E Y




Que a luz da lua escorra pela pele, pelos pêlos e, que raios de sol embaracem seus cabelos, que a vida lhe dê muita saliva pra lamber sonho em carne viva. Que seu riso não tenha o mínimo pudor, que os ventos soprem sempre a seu favor – Ou não, para que assim você tenha que lutar. Quando me vi diante do mundo, era necessario correr para ele me enterrar. Mas eu não quero, eu não posso.
 
Veja Harvey, eu estou aqui, e vou cuidar de você. Não barulhos, não há solidão, sem medo... Me dê sua mão.

Continua...

15 de abril de 2010

LINHA

Foi a primeira vez que todos puderam me ver nua, porém eu estava vestida. Um velho sapato, um jeans desbotado arrastando no chão, uma camisa amarela com letras grandes me denominando a Rainha da Noite. Também usava um sutiã, aliás, dois, pra prenderem bem os seios, meus seios são médios, mas de carne. Então não gosto quando a gravidade não ajuda e mostra que eles balançam e apontam a inércia. Ok, eu usava dois sutiãs. Um verde musgo e o outro bem transparente que de tão apertado machuca as costas, mas eu não ligo por ser suportável.

Eu vinha tensa, há dias eu estava tensa, não conseguia fixar e ler o papel com minha fala. Estava nervosa e isso embora fosse normal, era estranho porque eu sabia lidar com as pessoas que estariam presentes. Sabia que só haveriam duas saídas, ou seria um fracasso total, ou cada um passaria a me respeitar e ver a minha loucura tomando o passo mais comum, a normalidade.

Os dois primeiros grupos apresentaram, mas eu queria levar vida, levar o que eu sinto. É musica, são letras, são emoções que só quem é capaz de sentir são aqueles que mergulharem fundo no inferno. Pedi para que cada um se desprendesse do que tinha, e flutuasse comigo, e eu com a minimalista promessa de levá-los ao êxtase. Fui mais uma vez audaciosa, tinha o controle de tudo, até começar a dizer as palavras com tão profunda emoção que começou a cortar, e a doer, e a das palavras saiam lagrimas. Lagrimas de amor e por acreditar naquilo que desajeitadamente estava criando forma. Quem sabe de modo até grotesco. Duro, mas veja, sempre há respeito partido da concepção do que é corpo pra mim. Já que corpo é instrumento eu vou lá e me permito, e assim me expresso de forma nua e crua.



 

 




9 de abril de 2010

MOI.

- Você que me ler, eu sou assim!

Deus é Prazer, porque tudo que tá vivo é Deus.

De onde vem o prazer, e como ele nasce? Prazer é quando você sem medo sem entrega. Ok, Eu percebo que venho falando muito de prazer. Mas é como quem fala muito em Deus. Deus então é prazer. Exatamente o contrário. Deus é it, uma espécie de partícula viva. Ou seja, tudo que está vivo é deus, e a partir deste momento, a partir desta descoberta ele então me fode quando vai pra cama comigo, e então transamos por horas e horas.

Peço desculpas, mas não estou em mim. Que seja. Você nem ao menos se importa, queres ler então farei você ler, como um pedido, um desejo insaciável.

Vou ratificar tudo. Deus é qualquer partícula viva. Tudo que estiver vivo é Deus, eu sou Deus então. Deus com D maiúsculo, justamente para dar o ar se ser superior, algo de respeito. Um nome. E o prazer é tudo aquilo que nasce, e que muitas vezes não colocamos pra fora, por medo, por pressão. Mas enquanto estamos no nosso quarto, no banho, e começamos a nos masturbar, o corpo responde. Seja pela dureza dos membros, por total rigidez de tudo. Nossos pensamentos se cruzam como flash coloridos no espaço sideral. Lentamente. Tudo muito intenso. Sem nos policiar sobre nossos pensamentos, transar com a imaginação e fantasiando a presença. É ISSO.


As fotos são apenas pra ver. Obviamente.
Vou voltar a dormir, Até.


Isso iria dor em você?
- ERRR.

Você ver isso como tortura?
- OBRIGADO MARQUÊS.


Até onde é masoquismo?
- É A PENETRAÇÃO DO PRAZER.


O que é Salsicha pra você?
- É O PÃO NOSSO DE CADA DIA.


Quando você realmente tem fome?
-SINTA ÁGUA NA BOCA.