31 de agosto de 2009

Fragmentos de luz.

"Sua sensibilidade incomodava sem ser dolorosa, como uma unha quebrada."
"Fico vivendo uma vida toda pra dentro, lendo, escrevendo, ouvindo música o tempo todo." Caio.
Escreverei em profunda desordem, nem ligue, nem repare. Dá-me a tua mão:
Estou me satisfazendo sozinha. Por isso criei involuntariamente nojo de pessoas com quem fui pra cama, que beijei que fiz tudo sem amor. Até queria me apaixonar de novo, mas depois de dois segundos eu volto atrás e desisto de me apaixonar. Se bem que não depende de mim querer, eu tenho um corpo, uma mente, uma vida, cabe a minha sina fazer alguém cruzar o meu caminho.

Um dia desses disse que precisava de um toque de amor, fazer amor com uma pessoa que sinta amor por mim, aliás, que seja recíproco. Porque eu não sabia mais o que era fazer amor. Percebi que só, eu fico limpa. Satisfaço-me bem sem ninguém. Não vou mentir dizendo que não sinto vontade de ter um outro corpo, uma outra voz, um cheiro novo de uma pessoa nova em minha vida. Mas quando estou só é melhor. É o que acho e você não se meta, faço o que bem entender mesmo que doa. Dói só no começo.

Queria amar alguém, mas queria guardar todo esse sentimento que ainda resta dentro do meu peito, mas sem sentir dor. Queria fazer alguém feliz, sei que posso... Quero que alguém me faça feliz, porque eu sei que dá. Porém acho que vou dá prioridade para os meus "sonhos", ou melhor, meus desejos e vontades. Acho que preciso trabalhar e crescer. Eu antes de tudo, preciso me sentir de novo. Antes de qualquer outra coisa.


"Sabe o que eu quero de verdade? Jamais perder a sensibilidade mesmo que as vezes ela arranhe um pouco a alma. Porque sem ela não poderia sentir a mim mesma" C.L.
Certas coisas só acontecem em nossa vida pra nos fazer mudar de rumo. Pena que é difícil nos enxergarmos com tanta naturalidade o que achamos ser um erro fatal. Estou me privando, não por achar que é o certo, mas porque sei que essa é minha prioridade, esta é minha necessidade. Existe um sentimento enorme dentro de mim que não sabe como ser usado por mim, sei que é tão precioso ao ponto de não quer destruí-lo nem tentar substituí-lo. Há vida lá fora e eu me fechando aqui. "Quem diria que viver ia dar nisso?"
"Tenho dias lindos, mesmo quietinhos."
"Tão estranho carregar uma vida inteira no corpo, e ninguém suspeitar dos traumas, das quedas, dos medos, dos choros. Tô exausta de construir e demolir fantasias. Mudei muito, e não preciso que acreditem na minha mudança para que eu tenha mudado. Não quero me encantar com ninguém. Meu coração tá ferido de amar errado ando meio fatigado de procuras inúteis e sedes afetivas insaciáveis; eu preciso de um colo que ninguém dá. Mas tudo bem... Tenho uma coisa apertada aqui no meu peito, um sufoco, uma sede, um peso, será que, à medida que você vai vivendo, andando, viajando, vai ficando cada vez mais estrangeiro? Deve haver um porto. Para mim, atualmente, companheirismo e lealdade são meio sinônimos de felicidade. Meus amigos são muito fortes e muito profundos, são amigos de fé, para quem eu posso telefonar às cinco da manhã e dizer: olha, estou querendo me matar, o que eu faço? Eles me dão liberdade para isso, não tenho relações rápidas, quer dizer, tenho porque todo mundo tem, mas procuro sempre aprofundar. E isso é felicidade, você poder contar com os outros, se sentir cuidada, protegida. Dei esse exemplo meio barra pesada de me matar... Esquece, posso ligar para ver o nascer do sol às cinco da manhã. Já fiz isso, inclusive. Natural é as pessoas se encontrarem e se perderem... Acho espantoso viver, acumular memórias, afetos. Penso: quando você não tem amor, você ainda tem as estradas. É preciso estar distraído e não esperando absolutamente nada. Não há nada a ser esperado. Nem desesperado. E o que tem me mantido viva hoje é a ilusão ou a esperança."

Olha, não seja assim tão rara. Fica chato pra quem é comum; És de tão poucos gestos e muitas palavras, tem por costume desaparecer. Mas, veja bem tenho um abraço que é todo teu; uma atenção que é inteira tua. E, acima de tudo, meu amor, um coração; que só tua delicadeza conhece e entende.
"... Por favor, não me empurre de volta ao sem volta de mim,há muito tempo estavaacostumado a apenas consumir pessoas como se consomem cigarros, a gente fuma, esmaga a ponta no cinzeiro, depois vira na privada, puxa a descarga, pronto, acabou. Desculpe mas foi só mais um engano? E quantos ainda restam na palma da minha mão? Ah, me socorre que hoje não quero fechar a porta com essa fome na boca..."
Meu coração se desfaz, mas é "...um velho coração que convence seu usuário a publicar seus segredos e, a ter a petulânciade se aventurar como poeta."

9 de agosto de 2009

Vou te contar como conheci uma puta.

"Tudo na vida começa com um Sim." Lispector.

Vou te contar como conheci uma puta.
Em 1989, por volta das 11:30 da noite digamos que ao som de Wisk i could fly – Roxette, um homem fechou as portas de sua casa e sua mulher desligou a tv logo depois as luzes. Eles foram durmir.

– Mentira, eles foram transar.
– E no dia seguinte ela vai descbrir que está grávida.

Eles já não eram as mesmas pessoas e não seria a primeira vez que ela descobriria que estava grávida. Ao sair no final da tarde com uns amigos ela encostou-se na parade e começou a ficar tonta, mas como ela estava doente isso seria algum sintoma? Não exatamente. Ela sabia. Mas não queria acreditar que seria mãe outra vez.

– Ela queria abortar, mas não tinha corajem.

O tempo passaria e ela teria que mudar seus conceitos e não sua postura.
A menina nasceu, e desde pequena quem sabia observar as coisas identificava que a pequena criança seria diferente da mãe. Mesmo com duas chiquinhas e com um vestidinho enfeitado, com cabelo bagunçado está menina terá um destino quase que singular.
– Vou falar da criança agora.
– Aos 7 anos...

Desde tão nova ela era capaz de sentir seus estimulos e não se assustava com o desconhecido, ela queria experimentar mesmo fosse errado e repudiado pelas pessoas. Lembro-me que uma vez ao sentar-se em uma cadeira no ônibus, ao lado de um homem ela sentiu vontade de toca-lo, mas sua mãe estava perto e seria terrivel a para a mãe ver o que apenas sua imaginação via.

Outra vez ela sentiu raiva da empregada mas a raiva perdia espaço quando sua imaginação desejava o que era ainda mais proibido. Tão pequena e com vontade de comer a empregada, mas ela não sabia comer ainda. Já sabia beijar. Ela já sabia que sabia, então ao estimular a outra menina ela sabia que mesmo tendo aquele pequeno corpo já poderia ser desejada também. Deu certo e a empregada cedeu. Mas ambas nenhuma comeram, mas se esfregaram. Se desejaram.

– Ela não entendia aquele líquido na sua perna.
– Ela cresceu e a empregada foi demitida.

– Ela sentia vontades no banho.

Apesar de todos os estimulos ela sabia ser criança, e brincava com os meninos. Descobriu que beijar e desejar uma mulher era pecado. Só que muitas vezes ela queria isso. Ah, ela disse pra sua mãe que havia beijado uma outra mulher e a mãe disse coisas horríveis mas como ela era uma criança e haviam se aproveitado dela.

– Aquele foi o primeiro sinal, a mãe recusou-se a ver.

Depois de saber que o pecado seria grande, ela percebeu que o pecado a atraia e já sabia que se houvesse outra chance não iria de nenhuma forma hesitar. Afinal brincar com os meninos na rua, nas alamedas ou nas passarelas já havia perdido a graça. Já sabia diferenciar os gostos o cheiro. Até gostava quando percebia os meninos a fim de come-la mas ela apesar de querer ser comida não conseguia ver trepando com um moleque qualquer. Estava enjoada de tudo isso.

– Ela esbarrou em uma menina, e elas se olharam por vários instantes.
– Ela já estava apaixonada. Não mais pela sua colega da escola, já era por outra.

Depois de muitas conversas e lágrimas mesmo ainda tendo medo de encarar o que sua vida já era, a menina foi fundo e já tendo noção do que realmente queria e então experimentou outra boca, outra boca feminina. Ela queria mais, bem mais. Durante uns anos de sua vida ela só sabia o que era beijar outra mulher.
– Ela queria ser tocada por uma mulher.
– 15 anos. Ela conheceu um casal. Mais primeiro tentou com uma mulher.
– Ela gostava de se masturbar, mas não havia gozado.

Pense em um lugar, agora pense um lugar pobre. Não... Não pense em nenhum banheiro de supermercado embora ela já tenha beijado e tentado algo lá dentro. Enfim, pense... Agora imagine um varal de roupas em cima de um colchão. E num lugar podre desse a menina quis fuder uma mulher, mas ela não sabia fazer nada. Então a mulher que era até atraente, ficou semi nua. Deitou sobre mim, e eu não estava nem melada. E sem dó nem piedade meteu na pobre coitada, sabe, doeu, não é porque a menina tem tendências sadomasoquistas que ela vai querer sentir qualquer tipo de dor. Ao decorrer da situação do nada a mulher rebolando sob sua sintura e derepente deu um tapa na sua cara e disse: “Me chama de teu macho!!!” Isso foi broxante mas o por estaria por vir, pois logo em seguida ela começaria a gozar só não esperava ouvir aquele tipo de gemido na sua primeira vez. Ela gemia como um ornitorrinco. AHHH! Era o gemido mas horrivel que já tinha escutado. Resumindo uma merda.

Provou de tudo e não gostou, porque a sensação de alguém comendo seu cu foi desconfortavél, pra ela cu servia apenas para uma coisa e era bem mais gostoso sair apenas e não entrar nada. Nesse dia, foi a primeira vez que uma mulher nua ficava em sua frente. Achou lindo que viu mas não achava atraente um homem nu, mesmo assim, ela ainda continuou no quarto e mandou ele deitar-se enquanto a outra mulher continuava apenas olhando. Então fazendo uma cara que ela nem sabia que fazia, olhou bem nos olhos do carinha e não pensou duas vez e chupou o que mais odiava, o porque dela ter feito isso? Ver que ele dependia dela, (-não pára! Não pára!) E com um ritmo frenticamente ela não parava até que sentiu um toque por traz, era a mulher enfiando dois ou três dedos.

– A menina gosta de sentir dor.
– E era a primeira vez que ela dizia: Me chama de Putinha!

Todos sairam chupados e gozados, excerto ela. Ela ainda não sabia o que era um orgasmo até ela mesmo tentar gozar sozinha, sabia que tinha que esfregar e ir se excitando apenas com os seus pensamentinhos de filmes pornô que via escondia quando não tinha ninguém em casa, os filmes eram do irmão. Irmão que daqui há uns anos ela passaria a odiar, pois entre a moralidade e hipocresia de todos ela ficava com a sua vida escrotinha porém divertida. Hoje em dia ela não suporta inumeras pessoas de sua família, mas nunca se esconde. Sua mãe acha que ela é a filha perfeita, mas até hoje não aceita. Sim, a mãe dela descobriu quase tudo.

Durante dois anos apenas, mulheres ligavam pra sua casa. Só mulheres frequêntavam sua casa. A mãe estranhava, ela não gostava mas só permitiu-se enxegar o que a maioria já sabia quando encontrou na mochila da menina, umas cartas com declarações e confissões de amor “To com saudade de fazer você sentir de novo tudo aquilo que te fiz sentir na minha cama...” O que já não era uma brincadeira tornou-se o pesadelo da sua vida. Mesmo assim ela ainda sabe se tornar uma puta. E sabe estumular ambos os sexos afim.

– Hoje em dia ela se mastuba.
– Hoje em dia ela tem amigos e não tem medo de confessar isso.
– Hoje em dia ela tem conciência do que faz. Inacreditável mas tem.

Gosta de ser chamada de puta sempre. Mas puta apenas na cama. A Puta ama, a puta vive apesar de tudo. A puta tem amigas que são santas mas cometem o pecado a doce flor do pecado todos os dias... a diferença entre elas e a puta, é que ela expõe o que sente, e as outras não. A família da puta é filha da puta. Mas ela os entende, ninguém tem culpa de nascer em uma família podre, tudo é questão de acaso, e nem sempre de escolha, a opção sexual não foi escolha, ela acha ridiculo quando dizem “qual sua opção sexual?”. Opção você vai lá e marcar, certas coisas são inevitáveis, e não se pode esconder, porque tudo passa dentro de nós, tudo tem que acontecer porque deixar de acontecer é uma violentação muito grande a si mesma.
Não sei exatamente como terminar isso, mas reflita. Se você tava se preparando pra o clímax do texto perder-tes teu tempo. Não é porque você tá indo pra cama com alguém que você vai sair gozada de lá. Nem entendo também porque mandei vocês refletirem, mas não tenha medo de ser puta, dentro de uma puta encontra-se também sentimentos. Encontra-se de tudo, dependendo de quem você quer ter como puta.
"Pegue para você o que lhe pertence, e o que lhe pertence é tudo o que sua vida exige. Parece uma vida amoral. Mas o que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesma."

8 de agosto de 2009

Fenêtres de l'âme


"Guardo teu nome em segredo, preciso de segredos para viver." Lispector.
Quase nunca olho nos olhos quando falo, mas claro depende do que esta sendo dito, e de quem me escuta. Olhos são como janelas, eu os chamo de Janelas da alma, pois dizem verdades, lhe deixam transparente mesmo que tentes ficar indecifrável. E é quase impossível se fechar por completa quando teus olhos falam mais que qualquer coisa por ti. E olhar nos olhos dela era o que eu mais amava, por saber que ali estava minha paz e tudo que eu procurara, nela repousava tudo de bom que seria entregue somente a ela. Desde as alegrias, choros emocionados ou não, sei que tudo que se passava era recíproco, sei que existia vida dentro de nós, porque até então éramos duas, que sonhavam com uma vida larga sentadas a beira da praia vendo o sol indo deita-se com o mar e rindo de nossos antigos karmas. Lamentável é ter noção que isto são lembranças do futuro que a gente imaginava, de quando olhávamos juntas na mesma direção.

Sinto-me fraca desde o dia que pensamos e racionalizamos tudo ao invés de usarmos o que sempre se sobressaia, o amor. Olhando por um outro lado, fizemos por amor, por respeito a nós, mesmo sendo uma violentação a nós. Foi inevitável o que houve, mesmo sem querer agimos certo, ainda sofro tentando respirar sozinha. Minha vida ficou tão presa a tua que tudo é você e mais nada. Apesar disso tudo me deixa intocável por outra pessoa que não seja ela, e eu finjo estar em pé.

Um ano sem te ver, um ano sem te amar. E eu volto até você. Meu melhor presente foi ouvir tua voz, mesmo tão distante de mim, mesmo dentro de mim. Como em tudo na nossa vida sempre foi sempre tão bonito e simples vistes meus olhos ganhando vida por de trás da fumaça daquelas velas. Não quis olhar em teus olhos, foi uma escolha minha. E depois de todos aqueles dias eu fui onde a gente tinha o nosso lugar. Foi ai que te olhei e vi o abismo que tua vida me trouxe. Eu só queria poder pisar e me sentir segura. Estava tudo bem, só o defeito de sempre e tudo esquecido quando sorriamos. Nada era diferente.


Meus olhos ainda permanecem lacrimejados desde aquela noite. Eu podia ver minha vida indo embora, acabando-se. Tudo isso é um exagero. Acorda, é um exagero meu bem. Assim como Clarice sou composta por urgências. Porém acima de tudo, antes de existir a carne que me trouxe o espaço do meu corpo, me fiz de osso, e é este osso que em pé me faz ficar. O conjunto não é essencial. (Eu queria mais.)

Vida sem amor existe? Acho que não, mas você sabe reconhecer um amor? Preste bastante atenção. Não falo de amor entre duas pessoas que querem viver um amor pra toda a vida e acreditam que tudo vai dar certo etc. e tal. Eu falo de amor a vida, amor a si próprio, amor a quem te dar força pra lutar por qualquer coisa que aches justo. Eu quero falar de amor hoje.

- Não, eu ainda vou falar de meu sentimento!

Sei bem que ao perder o que mais amava eu cegamente me prendi em tudo que me trouxesse vida outra vez. E esses amores que me trazem vida são uma espécie de frase que dizem “Não desista.” Muitas coisas na vida são insubstituíveis, mas minhas exceções me ajudam a acreditar que mesmo não tendo tudo que eu amo junto a mim, mesmo assim tenho que preciso. Talvez a perca é um exagero de amor, e pendendo isso você fica na medida exata. É quase que ridículo pensar assim, é dramático, pensar assim é ser infantil demais. Não ligue pro que falo, falo porque estou desesperada por pensar inúmeras vezes que vou ceder a tudo que não tem um pingo se quer de amor, de vida. Mas se com o amor tu fazes besteiras sem ele é bem pior.

Ando tão desligada das coisas, que estou me afiando como se fosse facas, mas já me disseram, tu estás tão afiada que vais cortar a ti mesma. Meu deus, o meu pecado é ter gostos diferentes dos outros, sim... Mas sou as exceções apenas, lembra disso? Isto não deveria terminar assim, mas não vejo porque escrever mais acredito que só eu entendo tudo que se passa.
Vou contar-lhe um segredo. Finja que não sabe de nada do que eu disse aqui. Finja que está tudo bem... Está tudo bem. Eu não disse nada, foi só um suspiro.

"Há momentos na vida em q sentimos tanto a falta d alguém quqe o que mais queremos é tirar esta pessoa d nossos sonhos e abraçá-la."

7 de agosto de 2009

Letton gris.

Suspiros por Película:
A Moça do brinco de pérolas.

- Johannes Vermeer é considerado o segundo pintor mais importante da Holanda, ficando atrás apenas de Rembrandt. Durante sua existência, entre os anos 1632 e 1675, Vermeer viveu em Delft, foi comerciante de arte e pintou diversos quadros, entre eles Moça com Brinco de Pérola, classificado por alguns como a “Monalisa holandesa”. A exemplo da pintura italiana, muito se especula sobre a modelo que posou para o pintor, embora não existam registros sobre a origem da mesma. Scarlett Johansson interpreta Griet, uma jovem camponesa que, por conta de dificuldades financeiras pelas quais passa sua família, é levada a trabalhar na casa do pintor (Interpretado por Colin Firth). Dentre suas inúmeras funções está a de limpar e arrumar o estúdio, onde Vermeer passa a maior parte de seu tempo, trabalhando e refugiando-se de sua caótica família, que ele pouco vê.
Aos poucos Vermeer começa a prestar a atenção na jovem de apenas 17 anos, e passa a treiná-la no preparo das tintas. Ela tem um natural olhar crítico, parecido com o dele, e o pintor a deixa opinar em seu trabalho, nascendo entre eles uma cumplicidade que vai gerar o ciúme do resto da família e dos outros serviçais da casa. Menos o da sogra (Juddy Parfitt), que é quem administra as contas da família quase falida, e consegue captar que a presença da criada melhorou o trabalho do pintor e, conseqüentemente, o fluxo de caixa.

O Clímax do filme está nas atuações de Johanssom e Firth. O romance é uma fantasia, mas a história parece tão real que é difícil duvidar que as coisas tenham ocorrido de forma diferente da descrita no livro e no filme.Curiosamente, Johansson não foi a primeira escolha para interpretar a moça do brinco de pérola. Mas sua semelhança com a modelo que posou para Vermeer é tão grande, que é impossível pensar em outra pessoa que não ela para o papel.
O filme -- que recebeu três indicações ao Oscar ® (Fotografia, Direção de Arte e Figurino) e duas indicações ao Globo de Ouro (Atriz – Drama e Trilha Sonora).

2 de agosto de 2009

Supiros literários.




Se eu pudesse mostrar o que você me deu, eu mandava embrulhar, chamaria de meu. Melhor forma não há pra guardar um amor, então preste atenção, ou me compre uma flor. Vem, me faz um carinho, me toque mansinho, me conte um segredo ou me enche de beijo. Depois vá descansar, outra forma não há. Como eu te valorizo, eu te espero acordar. Se eu ousar te contar o que eu sonhei, pode até engasgar. Pagaria pra ver. Melhor forma não há pra provar meu amor, eu te presto atenção, tento ser sua flor. Vem, te faço um carinho, eu te toco mansinho, te conto um segredo ou te encho de beijo. Depois vou descansar, não vou te acompanhar. Espero que entenda e volte pra cá.

"Frágil – você tem tanta vontade de chorar, tanta vontade de ir embora. Para que o protejam, para que sintam falta. Tanta vontade de viajar para bem longe, romper todos os laços, sem deixar endereço. Um dia mandará um cartão-postal de algum lugar improvável. Bali, Madagascar, Sumatra. Escreverá: penso em você. Deve ser bonito, mesmo melancólico, alguém que se foi pensar em você num lugar improvável como esse. Você se comove com o que não acontece, você sente frio e medo. Parado atrás da vidraça, olhando a chuva que, aos poucos começa a passar."

Caio F.

Sou tão jovial e já me amedronta a literatura que quiça vocês lêem.

Dinive.

"Me dê a coragem de viver trezentos e sessenta e cinco dias e noites,
todos vazios de Tua presença."


Embora inúmeras coisas possam ser evitadas outras milhares não têm solução. E certas situações no primeiro momento são inacreditáveis dilacerando nossos corações por alguns minutos. E enquanto não nos acalmamos não vimos bem o que se passa e ficamos apreensivos e preocupados piorando o que é apenas um susto. Como na maioria das coisas que faço eu só penso depois, ontem (sábado) fiquei bastante frustrada ao receber uma noticia que não esperara. Não podia acreditar e pedir a voz até voltar à tona outra vez.

Ao chegar em casa pensei muito em tudo que eu ouvir, eu quis chorar quando lembrei do passado. Mas não iria valer à pena porque mais uma vez estaria sendo imatura para entender o que estava diante a mim. Sei bem que de fato não haverá percas e sim ganhos, mas por que nós sempre achamos que quando alguém tira algo que é nosso estamos perdendo? Talvez nem seja assim. Pense comigo, lhe tiram algo que você tem há anos, um amigo, por exemplo, lhe tiram de um modo não definitivo por alguns dias, por 1 ano quem sabe, mas depois haverá um reencontro... e por que isso se torna tão torturante? O fato é que somos intolerantes demais e incompreensíveis, mas em uma amizade verdadeira sempre existirá um fresta que deixa tudo mais claro. É ai sabemos nos dividir e perceber que não somo apenas compostos pela emoção. E a razão que nos faz ser flexíveis é saber que o que se constrói durante anos pode sobreviver sem a gente, sem a presença desde que haja amor dentro de nós. E são estes pequenos grandes laços de amor que nos faz ver que a estrada vai além do que se vê.

"Eu hoje vou pro lado de lá... Vê se te alimenta e não pensa que eu fui por não te amar.
Procure divide-se em alguém, procure-me em qualquer confusão."


- ...Nós ficaremos sem ela, mas ela ficará sem a gente.
Se nada é definitivo. Espere, lhe peço saiba esperar. Caso tu chegues nalgum lugar e percebas a cadeira que tal amigo costumava a sentar-se vazia, acalma essa tormenta apenas. Nada será definitivo, por enquanto é temporário.
“Lembre-se, quem é capaz de sofrer intensamente também é capaz de intensa alegria.”