18 de julho de 2009

http://www.youtube.com/watch?v=QeyYFaTCOlk

(ouça)

l'amour pour les causes perdues

"Eu que sinto antes de sentir." Clarice Lispector.

Tocar um corpo era tão comum. Mas hoje minha involuntária abstinência de toque me faz não poder respirar, me faz não poder me sentir. É Como não poder arranhar a mim mesma. Juro preciso de um toque de amor, um toque que ao deslizar das mãos sob o corpo faz o coração bater mais de pressa em um ritmo frenético. Transformando esse instante quase que mudo vencido por gemidos, observado por gotas de suor nos lençóis em um momento profundo.

Tenho medo de mim, medo de me encarar, medo de olhar nos olhos e ver que eu mudei ao ponto de tocar outro alguém apenas para obter prazer. Fácil era tê-la, pois ela até então sentia na alma o que eu era capaz de dar, acima de tudo além do amor.

Quantas pessoas tocam outras pessoas em um ato tão imoral tão escandalizador banalizando o que eu mais queria agora? Não os condeno, mas queria tanto que cada um se amasse antes, para jamais ir para cama com pessoas do meu tipo, que ver a pessoa sentindo o que mais deseja enquanto eu apenas observo, penso eu, “Ei, eu não to sentindo nada, não adianta fazer cara de puta, eu não vou sentir nada. Nada”. Percebes o quanto eu me privo de mim mesma e separo tanto esses fatos de mim? Sou incapaz de sentir prazer de fato se não houver um toque que não seja amor.

Hedonismo vem do grego hedoné, que significa prazer. Doutrina que considera que o prazer individual e imediato é o único bem possível, princípio e fim da vida moral. A teoria socrática do bom e do útil, da prudência, etc, quando entendida pela índole voluptuosa de Aristipo, leva ao hedonismo, onde toda a bem-aventurança humana se resolve no prazer.

Um comentário:

  1. *.*
    Quando eu crescer quero ser igual a ela, tirando a parte da opção sexual, claro. u.u'
    Gostei do 2º parágrafo.
    Sem mais...

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